
Release:
Ao recriar no campo imagético uma espacialidade ritualística através de uma composição específica de corporeidade e modos de operar, a dança pretende buscar atravessamentos plurais que dialoguem com a proposta central da pesquisa, sendo estes atravessamentos: encontro com a ancestralidade; mitos; vivências; invenções de vivências; evocações; incorporações entre outras.
O Boi mostrou camadas de suas potências e fragilidades, é hora de questionar o que fazer com elas. Como existir dentro de uma dança [des]estruturada para além de uma coreografia finalizada, mas criar estratégias que não dependem dessa estrutura para o acontecimento cênico, e sim, necessita de um espaço passível ao rito/dança/batalha. Espaço esse sendo corpo, arquitetura, mente.
Uma das principais estratégias pesquisadas até o momento é a compreensão de uma dança cíclica que não se define por um início – meio – fim, mas que perpassam por essas estações na medida em que cada experiência do pulsar do corpo e cada ferramenta de investigação encontrada / escolhida até o momento faça parte dos desdobramentos na cena. Quero aqui, enquanto interprete – criador buscar uma essência que esteja para além de uma temática como ponto de partida, mas escavar caminhos nos quais o trabalho vem se estruturando e suas necessidades de existência para a contemporaneidade e discussão dela.
Ficha Técnica:
Concepção e Dança: Djalma Moura | Criado em residência pela Plataforma dos Exercícios Compartilhados sob orientação de Adriana Grecchi – Núcleo Artérias | Iluminação e Produção: Erico Santos.