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O espetáculo “Depoimentos para fissurar a pele” do artista Djalma Moura traz como proposta inicial a evocação de presenças outras a partir de demandas corporais afro-diaspóricas. São potencias de mutações e transformações que criam a dramaturgia do trabalho, pensando a relação entre cena e ritual presente em terreiros de candomblé e umbanda, locais onde o corpo se entrega ao transe.
Iansã e Ossain são os Orixás que regem o ori [cabeça] do interprete-criador, que traz à cena ensaios biográficos, gerando movimento para o trabalho. Inseridos de maneira friccionada nas coreografias, a criação da linguagem corporal concentra-se nos arquétipos dessas divindades e suas respectivas analogias em relação a natureza – sejam elas dentro do aspecto animal ou de tempo – como folhas, ventos, as tempestades, os raios, o búfalo, e borboletas: elementos estes utilizados como disparadores do processo criativo das danças de “Depoimentos para fissurar a pele”. O vento transforma, leva as folhas aos seus caminhos, e para senti-lo é preciso receber Oya – Iansã e toda sua carga de revolução e resistência. “Depoimentos para fissurar a pele – é dualidade; existência entre mundos. É o morrer para existir. Um rito de passagem entre pele, carne, sangue e alma”.
Ficha Técnica
Concepção, Direção e Dança: Djalma Moura | Musico Criador: Leandro Peres | Provocação de cena: Deise de Brito | Figurino: Wellington Adélia | Máscara: Murilo de Paula | Criação e operação de Luz: Fernando Melo | Preparação Corporal: Everton Ferreira e Wellington Campos | Arte Gráfica: Daniel Normal | Assessoria de imprensa: Lau Francisco – 7 Fronteiras | Produção Geral: Erico Santos | Agradecimentos: Centro de Referência da Dança; Complexo Cultural Funarte | Agradecimento especial: Carol Zanola – iranti.